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Posts da tag “moda histórica”

Moda Histórica: o Casamento do Século

O casamento da Rainha Vitória e Príncipe Albert foi, sem dúvida, o casamento do século. Foi celebrado em 10 de fevereiro de 1840, na Capela Real de St. James. Lembrando, Vitória era rainha de um dos mais poderosos países do mundo e, obviamente, qualquer coisa que ela fazia era imediatamente imitada por todas as mulheres. E, assim, o branco tornou-se uma cor padrão para os vestidos de noiva.

Casamento da Rainha Vitória
Casamento da Rainha Vitória, 1840.

Mais romântico que luxuoso, o vestido da Rainha Vitória era de cetim branco, enfeitado com flores de laranjeira. Na cabeça, ela usava uma coroa também de flores de laranjeira, sobre um véu de renda de Honiton. As damas de honra também estavam de branco.

Vitória, com seu vestido de noiva
Vitória, com seu vestido de noiva.

A renda do vestido de noiva da Rainha Vitória foi confeccionada na oficina de Miss Bidney, nativa da vila de Beer onde as rendas de Honiton eram produzidas. Ela veio para Londres, por ordem de Sua Majestade, para supervisionar o trabalho. Mais de duzentas pessoas trabalharam de março a novembro.

Mais uma imagem do vestido
Mais uma imagem do vestido.

A faixa de renda que ornamentava o vestido tinha mais de três metros e meio de comprimento, e aproximadamente 70 cm de largura. O padrão era extremamente elaborado, desenhado especialmente para a ocasião. Os desenhos foram destruídos assim que o trabalho foi finalizado, garantindo que o vestido que a rainha iria usar jamais fosse reproduzido. O véu, do mesmo material, exigiu sozinho mais de seis semanas de trabalho. Era um quadrado de quase um metro e meio de lado.

Retrato da rainha vestida de noiva
Retrato da rainha vestida de noiva.

Como curiosidade, devemos mencionar que, alguns anos mais tarde, em 1854, a rainha e seu esposo posaram para algumas fotos em trajes bem similares aos do casamento, encenando-o. Apesar de não ser o mesmo, o vestido é bastante parecido.

Encenação do casamento
Encenação do casamento.

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Moda Histórica: Noivas – Até a Regência

E cá estamos de volta, com a continuação da história do vestido de noiva. Lembrando, na semana passada conversamos sobre as noivas medievais.

A cor vermelha tornou-se a mais popular para os vestidos de noiva no final da Idade Média, e continuou em destaque durante a Renascença. Contudo, no século XVI, com o surgimento e rápida expansão do protestantismo, as cores fortes começaram a sair de moda. O cúmulo dessa tendência foram os vestidos de noiva pretos, bastante populares da Alemanha, e também na Itália e na Espanha.

Casamento de Isaac Massa e Beatrix van der Laen, 1622
Casamento de Isaac Massa e Beatrix van der Laen, 1622.

O branco também tinha seu lugar, apesar do seu uso ter se generalizado mais recentemente. Várias princesas e rainhas usaram vestidos brancos em seus casamentos, por exemplo Anna da Bretanha, em 1499 e Margarita Valois em 1572. No casamento de Elizabeth da Bohemia, em 1613, a noiva e as damas de honra estavam vestidas de branco e prata, com rendas também prateadas. A noiva estava de cabelo solto, com uma coroa de ouro na cabeça. O vestido, ricamente decorado com diamantes, custou uma fortuna.

Em 1554, a rainha inglesa Maria I casou-se com o príncipe espanhol, futuro rei Felipe II. O vestido dela tinha uma estampa dourada, a cauda era decorada com grandes pérolas e diamantes. A saia era de cetim branco, borado em prata. Maria, de 38 anos, aparentava se não uma beldade (algo que ela nunca foi mesmo, mas afinal uma pessoa tem que ser muito chata para comentar isso durante a cerimônia), mas ao menos uma rainha majestosa, com o imenso diamante, presente do noivo, sobre o peito.

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Moda Histórica: Noivas na Idade Média

Atendendo a pedidos, um pouco sobre noivas. Decidi não misturar tudo no mesmo post, por isso começaremos mais ou menos do começo: da Idade Média.

O casamento, durante a Idade Média, era frequentemente muito mais do que apenas uma união entre pessoas. Poderia ser uma aliança entre famílias ou mesmo países. Assim, muitos casamentos – e absoluta maioria dos casamentos sobre quais temos alguma informação, da nobreza e da realeza – eram mais uma questão de política que de amor. Assim, esperava-se que o traje da noiva refletisse mais a riqueza, o poder e as tradições da família dela do que, por exemplo, a personalidade e os gostos. Assim, noivas de famílias abastadas usavam vestidos de cores fortes e tecidos caros, camadas de peles, veludo e seda.

Casamento de Leonor da Aquitânia e Luis VII, em 1137
Casamento de Leonor da Aquitânia e Luis VII, em 1137.

Casamento de Carlos IX e Maria de Luxemburgo, em 1322
Casamento de Carlos IX e Maria de Luxemburgo, em 1322.

Casamento por volta de 1350
Casamento por volta de 1350.

Já uma noiva camponesa vestia-se de verde ou azul. Como era uma ocasião festiva mesmo para as classes mais baixas, esmerava-se sempre no traje, o quanto as posses da família permitissem. Usava-se materiais mais simples, mas tentava-se imitar o máximo possível o estilo da nobreza.

Na verdade, até o século XV, não existia um vestido de noiva tal como o conhecemos atualmente. A noiva muitas vezes simplesmente escolhia o mais bonito e caro dos seus vestidos.

No final da Idade Média, surgiu a moda de usar um vestido novo (e mais suntuoso que todos os outros vestidos que a noiva tinha). Este vestido era incluído no contrato nupcial – descrevia-se minuciosamente de que tecido deveria ser feito, como deveria ser decorado, que peles deveria ter. A quantidade e a qualidade dos materiais era fixada. As cores eram escolhidas pela família do noivo, mas os tons de vermelho estavam entre as mais populares: vermelho simbolizava paixão.

Assim, o vestido de noiva gótico obrigatoriamente incluía um espartilho, cintura alta, decote triangular e, obviamente, mangas compridas – modelo conhecido como Cotehardie. A cor poderia ser qualquer uma, e normalmente optava-se pelo “quanto mais colorido, melhor”. Os corantes eram caros, e o colorido era sinônimo de riqueza.

Casamento

A aparência da noiva deveria também seguir a moda (e dava-se particular atenção a isso). Depilavam-se os cílios e as sombrancelhas, para aumentar visualmente a testa. E nada de maquiagem, que era proibida pela Igreja. Na cabeça, um hennin, um chapéu cônico bem pesado, com um véu de seda até o chão. Para que o hennin não caia, as noivas mantinham-se sempre cabisbaixas. O look era completado por sapatos com pontas compridas.

Último mas não menos importante, no final da Idade Média, a gravidez estava em moda. Todas as mulheres tinham, no seu guarda roupa, uma barriguinha de grávida postiça, e essa indumentária era indispensável para uma noiva!

Jan van Eyck, o casal Arnolfini, 1434
Jan van Eyck, o casal Arnolfini, 1434.

Semana que vem, falarei mais um pouco sobre os vestidos de noiva, da Renascença até a Regência.

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Moda Histórica: da Idade Média à Era Vitoriana

Olá!

E estamos de volta com essa coluna de moda histórica. E, falando em história, uma coisa que se vê muito é revival. Revival dos anos 50. Revival dos anos 60. Enfim :)

Assim, no final do século 19, surge um movimento literário e artístico apelidado desdenhosamente de decadentismo: o Simbolsimo. Marcadamente místico, resgatou o lado mais gótico e sombrio do Romantismo. Fora da esfera das artes, influenciou também a moda da época.

Um curioso resultado deste revival é um modelo de sapatos conhecido como “Julieta” (a versão masculina, como era de se esperar, chamava-se “Romeu“), uma releitura vitoriana dos calçados medievais, muito comum na virada do século 19. A sua principal característica é o profundo corte lateral em formato de V.

Julieta
1892, Julieta

Eis um belo exemplo dessa moda, um par de sapatinhos da loja americana Rosenbloom’s, feitos de couro, da coleção do Metropolitan Museum of Art. Parecem uma espécie de chinelos para se usar em casa, por causa do design exagerado, e por não serem muito justos.

Para comparar, uma reprodução dos sapatos medievais, pescada na Berkanar, já que sapatos medievais “de verdade” são meio mal conservados:

Sapato Medieval
Reprodução de sapato medieval

Há algumas variações, mas o padrão e sempre o mesmo: a ponta para cima e os recortes em V.

Por mais que tanto na Idade Média quanto na Era Vitoriana as mulheres usassem vestidos até o chão, não deixavam de caprichar nos detalhes. Pois é, imaginem uma senhorita vestida à moda dos anos 90 do século retrasado e sapatinho de duende :)

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Moda Histórica: Fashion Plates

Oi!

Em primeiro lugar, apresentando-me. O meu nome é Moriel, tenho 24 anos e estudo estatística. Mas, aqui, não vou falar de números, e sim escreverei sobre a história da moda e curiosidades variadas relacionadas a este tema todas as terças-feiras.

Mas, afinal das contas, qual a utilidade disso e o que isso tem a ver com dolls? Tudo a ver, afinal materiais sobre moda do passado podem servir de excelente referência e também de fonte de idéias para dolls, fantasias, cosplays e por aí vai. Fora a curiosidade, afinal, você nunca parou para pensar de como e quando foi inventada essa roupa que você usa?

E, para começar, vou introduzir uma das principais referências no que diz respeito aos séculos 19 e 20: Fashion Plates, ou gravuras de moda. São gravuras publicadas em revistas de moda da época e, muitas vezes, coloridas a mão. Afinal, num tempo em que a fotografia ainda não existia ou era muito primitiva, o pessoal não tinha nenhum outro recurso além da gravura para levar as últimas novidades para as interessadas. Algumas das Fashion Plates são verdadeiras obras de arte, com detalhes riquíssimos, e cores de deixar muita gente se mordendo de inveja.

New York Yacht Club Costumes
1887, Godey’s Fashions

Não deixe de clicar na imagem para vê-la no tamanho grande. Esta é uma gravura da revista americana Godey’s Fashions, de 1887, mostrando dois vestidos no estilo marinheiro, para seguir as tendências da moda atual.

É uma excelente referência para dolls, quase tão boa quanto uma foto, por exemplo: a gravura retrata bem o caimento e as dobras do tecido, e dá uma boa idéia do sombreamento.

Se você quiser buscar mais gravuras por conta própria, há vários sites que disponibilizam grandes coleções de Fashion Plates. Um dos melhores é Los Angeles Public Library, com quase 7000 imagens.

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